Acabei de jantar, ainda devoro um iogurte grego, de framboesa.
A minha mãe, às vezes, não quer ser mais mãe. É bipolar.
Sim, a minha mãe possuí essa síndrome que a acompanha sobretudo na depressão. Isso abala-me.
Abala-me e até mais, posso ser portadora de tal coisa no futuro, e eu não quero.
Ouço-a chorar no banho, já não me afeta tanto, sinto-me mais forte.
Sabe-me bem escrever aqui, sei que pouca gente que eu conheço lá da escola me lê. E também se mais do que prevejo me lê, ainda bem, fica a conhecer o que eu sou realmente, ou ainda mal.
Ainda tenho muitas saudades dele. Isso deixa-me triste. Mas, de que adiantam as saudades se no fim, ser mal tratada, humilhada, desprezada e ignorada dói mais? Eu não sou um objecto, agora já não.
Ainda choro por ele. Sim, ainda choro e ainda morro por dentro ouça a música que ouvir.
Mas as músicas um dia perdem o significado, não perdem? E noutros dias posso ouvir sempre músicas mais alegres e por de parte o meu EdS, cantor tão fantástico.
Tenho-me sentido também sozinha. Já não gosto das férias. Tudo o que faço é ficar fechada nestas quatro paredes, ainda não saí para lado nenhum sem ser com os meus pais, claro. Ahhhhh, e que saudades tenho da minha formação que só volta dia onze.
Porque é que as coisas não podem simplesmente ficar? Porque não ficaste? Porquê?
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