16 de agosto de 2011

DOIS CORAÇÕES A BATER NUM SÓ; parte 3.

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Aquele cheiro abafava todo o terrível odor do tabaco. Era suave, harmonioso, combatia o cigarro que era sinistro e sombreiro.
Pousei a camisola em cima da minha cadeira. Fui tomar o duche e perdia-me nos meus próprios pensamentos, pensamentos esses que só pensavam na profundeza dos olhos do Duarte, no jeito dele caminhar e os movimentos da boca quando pronunciava com cuidado cada palavra. Dei por mim perdida, perdida de maravilha, perdida profundamente em pensamentos, pensamentos que não era mais, nem menos que pensamentos.
Saí do chuveiro, um pouco aluada. Vesti o pijama lavado e sentei-me na cadeira.
Queria controlar a vontade que tinha de fumar, tentava não olhar para o masso de cigarros, mas era mais forte que eu.
Acendi um cigarro e pus-me debruçada na janela. Era o pôr-do-sol, claro e reluzente, tão torrado, tão os olhos do Duarte..Oh não, novamente a beleza sufocante do Duarte.
«Ana! O jantar está na mesa.»
«hoje não janto, não tenho fome.»
«como queiras»
E bate a porta com força, abanando o pequeno candeeiro que tenho sobre a minha mesa de cabeceira.
«entra sem pedir e saí de relanço.»
«eu ouvi Ana, respeito!»
Suspiro e volto aos meus pensamentos.
Tive por volta de três horas a pensar no Duarte, no entanto tudo o que eu queria era adormecer.
Deitei-me na cama e por segundos, adormeci.
Sonhei com o Duarte, até que ..
«Ana, vamos lá toca a levantar.»
«é de manhã? já vou»
Saio a correr da cama, passo pelo meu irmão, entro na casa de banho e preparo-me à velocidade da luz.
Pego na minha mochila, numa maça e saio porta fora.
Vejo o autocarro ao longe, tenho o coração a saltitar na ponta da língua, ou talvez sejam só as minhas glândulas gustativas por ter corrido tanto, não importa, isto cheira-me a Duarte.
O autocarro pára junto a mim, respiro fundo e entro. Nem sinais dele.
Sento-me, ligo o mp3 novamente e espero ansiosamente por o ver.
Estou a vê-lo, estou a vê-lo! Mantenho-me calma, ou pelo menos tento disfarçar, viro a cabeça para a janela, sem cruzar o meu olhar com o dele.
Ele passa, ignora-me, e contínua a caminhar, até que, pára..
«Ana, estás ai? olá!»
Neste momento o meu coração vai sair-me pela boca, Ana controla-te, controla-te pela tua vida..

{espero que tenham gostado minhas riquezas,
vamos lá ver se a minha imaginação não me foge;
se acham que vale a pena, divulguem o meu blog. obrigada, ly.}


4 comentários:

carina disse...

ohm obrigado eu:)

Rita disse...

Sim, pelos visto acontece :b
Voltei, de novo, a adorei. Continua! :)

Rita disse...

Gostei da continuação, Paula *

Anónimo disse...

Pois é princesa.

Estou a gostar muito querida.
Posso só fazer um reparo? Tu escreveste "Saiu a correr da cama" mas não será 'Saio' em vez de 'Saiu'?