13 de agosto de 2011

DOIS CORAÇÕES A BATER NUM SÓ; parte 1.


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São 3:00 da manhã, dou voltas e voltas a uma cama que eu sei que não é minha. Reviro a almofada vezes e vezes sem conta e acabo por sair insatisfeita. Não consigo dormir desde a partida da minha avó, sei que já foi à dois meses e se continuar assim acabo mal.
Levanto-me da cama e sento-me perto da janela, tenho três cigarros ainda, pego num, acendo e estou ali um pedaço de tempo, a chorar, vou estar assim até que as minhas lágrimas apaguem o fumo e com a ajuda disso, que leve também a minha mágoa, que persiste em apoderar-se da minha mente.
Sinto os olhos inchados, acabei com o masso,  amanhã vou ver se compro mais. Deito-me na cama e acabo por adormecer.
«Toca a levantar! Rápido! Primeiro dia de aulas! Não me acredito Ana, estás de ressaca!»
Ouço a minha madrasta a gritar ao nascer do sol. É assim desde que a minha mãe e o meu pai se divorciaram.
Levanto-me da cama com pouca força e dirijo-me à casa de banho, ocupada pelo meu irmão. Estou meia-hora cá fora à espera dele e quando ele saí tem a lata de me dizer que não está bem arranjado por minha causa. Deve ter bebido gel de banho, com a ressaca que chegou ontem à noite, aquele cheiro a álcool não passava assim.
Entro na banheira, tomo um duche rápido e visto-me.
Vou até à cozinha, bebo um copo de leite, a minha avó não está lá para mo fazer e a única pessoa que mo preparava também era a Tina, que foi despedida pela minha madrasta quando a minha mãe saiu de casa.
Saí porta fora, direita ao autocarro da escola. Sentei-me e liguei o mp3.
«não achas que isso está alto de mais?»
Olhei para o lado e um rosto bonito me sorria. Era moreno, cabelo raso, uns olhos castanhos dourados e um sorriso promissor.
«a música costuma acalmar o meu interior.»
«e uma boa conversa?»
Olhei para a janela e depois voltei a olhar para ele.
«então? sempre me posso sentar ou vou ter de ir lá para o fundo?»
«senta-te, não disse que não podias»
Sorri.
«diz lá. como te chamas?»
«Ana.»
«bem, não perguntas-te, mas ficas a saber, sou o Duarte.»
«prazer.»
Ele sorriu de volta.
Chegamos à escola, saí da camioneta e fui até ao edifício mais horrível à face da terra, procurei a sala onde ia ter a apresentação, sentei-me, como toda a gente.
Por breves momentos e naturalmente, olho para a porta e vejo o rapaz da camioneta a entrar, piscar-me o olho e sair porta fora, porque tinha sido apanhado pela minha stora.
Senti borboletas no estômago e pensei "ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh não!"

{bem, isto é o ínicio, espero que gostem.} 

5 comentários:

Juca . ♥ disse...

gosto muito;
keep going bf*

Rita disse...

Parece-me um bom começo! Gostei :)

Anónimo disse...

Óptimo começo :D

Anónimo disse...

tenho um selo no meu blog para ti querida :)

Anónimo disse...

obrigada (:
também gosto mt do teu, sigo.